sábado, 1 de outubro de 2022

Um País Dividido

Brasil, Outubro de 2022.

Em pleno século XXI, estamos vivendo um momento muito confuso.

O país está dividido, não em partes iguais, mas em inúmeros pequenos grupos que desejam impor a sua vontade a todos os demais.

A imposição, por si só, já gera uma resistência. Mas, em ano eleitoral, a antiga imposição foi substituída pelo ódio.

Ódio a quem pensa diferente, ódio a quem vota diferente, ódio a quem possui credo diferente.

E esse ódio contamina até quem aceitou levar a palavra de Deus a todos que estejam dispostos a ouvi-la, bem como a quem decide agir de acordo com o que Jesus nos ensinou.

Interessante que a maioria das religiões fundamenta-se em dogmas bastante similares. Existem diferenças, claro, mas elas são pequenas quando observamos que todas buscam seguir a palavra de Jesus e seus ensinamentos de paz, amor, respeito ao próximo, generosidade e compaixão.

Infelizmente não é o que estamos vivendo.

Estamos vivendo momentos onde o ódio prevalece, onde a paz foi esquecida, onde os ensinamentos de Jesus são usados para justificar ações vis.

Comparar pessoas, coisas, ou convicções nunca foi uma boa ideia, muito pelo contrário. Demonstra que somos limitados, que não aceitamos as diferenças, sendo mais fácil mudar quem é diferente.

Respeitar as escolhas dos outros, sejam lá quais forem, é o primeiro passo para sermos melhores. Melhores pessoas, melhores cristãos.

Está difícil, mas sigo com a mesma esperança que me acompanha desde que me entendo por gente. Esperança em um mundo mais justo, esperança em um futuro melhor para todos nós, esperança em um mundo de paz.

Escolha. Ato ou efeito de escolher; preferência que se dá a alguma coisa que se encontra entre outras; predileção.

Nem sempre é fácil. Lembra quando você escolheu a sua carreira, o seu carro, as primeiras férias, a pessoa com quem dividir a vida, onde casar, o nome do seu filho

A escolha, seja ela qual for, diz muito sobre cada um de nós. Tanto que muita gente é lembrada por causa do aroma de um perfume, de um prato ou música predileta.

Imagine, agora, escolher o próximo Presidente da República após termos passado por momentos bem complicados.

Denúncia de corrupção, provas falsas incriminação, condenação, aumento de pena. Diminuição da pena, prisão, cassação dos direitos políticos, anulação, soltura.

Discurso de ódio, defesa da ditadura e da prática de torturas, política antiambiental e anti-indigenista, população armada. Pandemia, negacionismo, tratamento com remédios sem eficácia, negação à vacina, falta de empatia e compaixão.

Mas lembre-se que, ao escolher o seu candidato, aquele tio continuará sempre desejando o seu melhor, a sua amiga continuará se preocupando e torcendo por você, o seu colega permanecerá te ajudando no trabalho.

Que essa eleição seja uma escolha individual e consciente, não uma ruptura.

Respeite quem pensa diferente e, acima de tudo, torça para que o nosso Brasil cresça e que todos possam desfrutar disso.


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