Brasil, Outubro de 2022.
Em
pleno século XXI, estamos vivendo um momento muito confuso.
O
país está dividido, não em partes iguais, mas em inúmeros pequenos grupos que
desejam impor a sua vontade a todos os demais.
A
imposição, por si só, já gera uma resistência. Mas, em ano eleitoral, a antiga
imposição foi substituída pelo ódio.
Ódio
a quem pensa diferente, ódio a quem vota diferente, ódio a quem possui credo
diferente.
E
esse ódio contamina até quem aceitou levar a palavra de Deus a todos que
estejam dispostos a ouvi-la, bem como a quem decide agir de acordo com o que
Jesus nos ensinou.
Interessante
que a maioria das religiões fundamenta-se em dogmas bastante similares. Existem
diferenças, claro, mas elas são pequenas quando observamos que todas buscam
seguir a palavra de Jesus e seus ensinamentos de paz, amor, respeito ao
próximo, generosidade e compaixão.
Infelizmente
não é o que estamos vivendo.
Estamos
vivendo momentos onde o ódio prevalece, onde a paz foi esquecida, onde os
ensinamentos de Jesus são usados para justificar ações vis.
Comparar
pessoas, coisas, ou convicções nunca foi uma boa ideia, muito pelo contrário.
Demonstra que somos limitados, que não aceitamos as diferenças, sendo mais
fácil mudar quem é diferente.
Respeitar
as escolhas dos outros, sejam lá quais forem, é o primeiro passo para sermos
melhores. Melhores pessoas, melhores cristãos.
Está
difícil, mas sigo com a mesma esperança que me acompanha desde que me entendo
por gente. Esperança em um mundo mais justo, esperança em um futuro melhor para
todos nós, esperança em um mundo de paz.
Escolha.
Ato ou efeito de escolher; preferência que se dá a alguma coisa que se encontra
entre outras; predileção.
Nem
sempre é fácil. Lembra quando você escolheu a sua carreira, o seu carro, as
primeiras férias, a pessoa com quem dividir a vida, onde casar, o nome do seu
filho
A
escolha, seja ela qual for, diz muito sobre cada um de nós. Tanto que muita
gente é lembrada por causa do aroma de um perfume, de um prato ou música
predileta.
Imagine,
agora, escolher o próximo Presidente da República após termos passado por
momentos bem complicados.
Denúncia
de corrupção, provas falsas incriminação, condenação, aumento de pena.
Diminuição da pena, prisão, cassação dos direitos políticos, anulação, soltura.
Discurso
de ódio, defesa da ditadura e da prática de torturas, política antiambiental e
anti-indigenista, população armada. Pandemia, negacionismo, tratamento com
remédios sem eficácia, negação à vacina, falta de empatia e compaixão.
Mas
lembre-se que, ao escolher o seu candidato, aquele tio continuará sempre
desejando o seu melhor, a sua amiga continuará se preocupando e torcendo por
você, o seu colega permanecerá te ajudando no trabalho.
Que
essa eleição seja uma escolha individual e consciente, não uma ruptura.
Respeite
quem pensa diferente e, acima de tudo, torça para que o nosso Brasil cresça e
que todos possam desfrutar disso.
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