segunda-feira, 9 de janeiro de 2023

Vandalismo :(

Hoje é um dia triste, muito triste!

Terroristas apoiadores do antigo presidente - de extrema direita -, invadiram o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional, todos em Brasília-DF, na tarde de ontem.

Os prédios são da época da construção de Brasília, em 1960, e foram projetados pelo brilhante arquiteto carioca Oscar Niemeyer.

Não satisfeitos com a invasão, vandalizaram e depredaram tudo o que encontraram pela frente: de vidraças a materiais eletrônicos, de móveis a obras de arte.

Esses terroristas destruíram não apenas o patrimônio público, mas obras raras, como o quadro “As Mulatas”, de Di Cavalcanti, avaliado em R$ 8.000.000,00. Já o relógio feito por Balthazar Martinot no século XVII, e dado de presente ao rei D. João VI, dificilmente será restaurado.

Felizmente não houve mortes, mas os vândalos demonstraram seu total desprezo pela democracia, pela ordem social, pelos poderes constituídos.

domingo, 1 de janeiro de 2023

Iniciando 2023

Foto Google

Que 2023 nos traga muita saúde, paz, esperança, alegrias, sucesso e tudo o mais que você precisar!

Um Brinde ao que está por vir!

segunda-feira, 7 de novembro de 2022

Corta Aqui...

Recuso-me a acreditar que aquelas pessoas que conheci desde a infância, e seguiram pela adolescência até chegar à idade adulta se transformaram em pessoas intolerantes.

Lembro quando nós nos reuníamos em qualquer lugar para conversar sobre os nossos sonhos e desejos, sobre a faculdade e a vida, sobre namoros e empregos em um clima de muita amizade e carinho. Tanto fazia ser na escadaria ou na pracinha da faculdade, no quiosque na beira da praia ou no restaurante badalado. Era sempre muito bom estar com a turma, fosse ela do colégio, da faculdade ou do trabalho.

Sim, eu sei que o tempo passou e que seguimos por caminhos diferentes, mas o sentimento que nos unia, desde sempre, permaneceu apenas até 2017, eu acho.

Questiono-me o que fez vocês mudarem após esse período, já que não suportam mais os amigos, nem as pessoas com as quais conviveram, porque elas se atreveram a pensam de forma diversa.

Por qual motivo tudo mudou, em pleno segundo tempo de nossas vidas? Quando passamos a desgostar do diferente? Desde quando nos importamos com quem torcia pelo Vasco, ao invés do Flamengo? Ou com quem preferia comer jaca ao abacaxi?

O que houve com vocês? O que houve com o sentimento de estarmos juntos, no melhor estilo "um por todos e todos por um"?

Talvez tenham se esquecido de quando íamos comer um cachorro-quente naquela lanchonete disputada, ou de quando íamos tomar um drink mesmo sem saber beber, ou de quando saíamos para dançar sem saber dar um único passinho. Lembro-me da viagem para aquela praia linda e daquele carnaval que nos divertimos mesmo com a cidade vazia. Lembro-me de quando perdemos os primeiros amigos da infância, ou da faculdade, e choramos juntos nos prometemos que nada iria nos separar.

Já faz tempo, eu sei, por isso é triste.

Na verdade, é muito mais doído do que triste.

É doído saber que as amizades não resistiram ao tempo. É doído saber que essas amizades foram descartadas porque não escolhemos o “seu” candidato, e não o mais preparado.

É doído saber que vocês estão afastando aquelas pessoas que desejavam o seu melhor, que torciam pelo seu mestrado ou doutorado, pela formatura do seu filho, pela viagem dos seus sonhos, finalmente, realizada.

É triste. É muito triste ter que dar adeus a tantas pessoas que conheci e que fizeram a minha vida mais alegre.

Mas é preciso! É melhor do que ser hostilizada por amigos...

Eu prefiro viver sem desejar mal aos outros. Prefiro viver torcendo pelo Brasil, viver sem julgar quem diz e faz absurdos nas redes sociais. Prefiro viver acreditando que Deus nos deixou ensinamentos de amor, paz e compaixão a ouvir afirmações repletas de ódio opostas aos dogmas da Igreja.

Cada dia que vivemos é um dia a menos em nossas vidas. Um a menos, lembre-se disso.

E eu não quero preencher a minha vida com dias cinzentos, mesmo que salpicados de verde e amarelo.  Eu não quero ouvir pessoas desejando o mal ao próximo nem procurando artimanhas para tentar modificar o resultado de uma eleição. Eu não quero passar quatro anos da minha vida em um lugar virtual, é verdade, onde combinarão a forma de prejudicar o nosso país em nome de um “bem maior”.

Eu quero ter dias repletos de coisas significantes. Sim, significantes!

Quero ter dias felizes ao lado dos meus pais e irmãos. Quero poder abraçar os avós, almoçar com a tia alto-astral, levar a sobrinha ao cinema, ser solidária com o amigo que perdeu o pai, ou a amiga que está passando por um problema grave de saúde. Quero poder sorrir quando o cachorro quer correr feliz em dia ensolarado, quando assisto a uma comédia, quando escuto uma piada, ou quando alguém liga dizendo que se lembrou de mim.

Viver é simples! Não precisamos ter o suv da moda, nem as roupas compradas naquela loja chique do shopping. Não precisamos ir a lugares da moda apenas para fotografar e postar em rede social. Não precisamos ter o cabelo da mesma cor ou corte daquela atriz. Não, nada disso.

Mas precisamos aprender a viver! Precisamos resgatar aquela alma pura com a qual nascemos. Precisamos aprender que o diferente não é ruim, apenas é diferente. Precisamos aprender a nos colocar no lugar dos outros, a ver com outros olhos. Precisamos compreender que as pessoas não são iguais, e essa distinção acrescenta muito às nossas vidas. Precisamos entender que a derrota em uma eleição não autoriza a transformar o país em um campo de batalha, muito menos a disseminar ódio e insanidade na vida das pessoas.

A vida é simples! Tão simples que assistir ao pôr do sol, tomar um sorvete e rir da sinceridade das crianças nos faz sentir um enorme prazer. E o simples como um sorriso verdadeiro, um abraço apertado, uma visita inesperada, um gesto de compaixão nos faz acreditar que o mundo está no caminho certo.

Por isso mesmo, corta aqui.

O céu está incrivelmente azul lá fora, os passarinhos estão fazendo uma linda sinfonia, o sol já vai se pôr. Virá uma bela lua, majestosa, imponente, brilhante, como todas as luas que precedem as luas cheias.

A Vida segue o seu curso. E eu sigo trazendo cores ao meu caminho, colorindo os dias cinzentos que teimam em surgir..


sábado, 1 de outubro de 2022

Um País Dividido

Brasil, Outubro de 2022.

Em pleno século XXI, estamos vivendo um momento muito confuso.

O país está dividido, não em partes iguais, mas em inúmeros pequenos grupos que desejam impor a sua vontade a todos os demais.

A imposição, por si só, já gera uma resistência. Mas, em ano eleitoral, a antiga imposição foi substituída pelo ódio.

Ódio a quem pensa diferente, ódio a quem vota diferente, ódio a quem possui credo diferente.

E esse ódio contamina até quem aceitou levar a palavra de Deus a todos que estejam dispostos a ouvi-la, bem como a quem decide agir de acordo com o que Jesus nos ensinou.

Interessante que a maioria das religiões fundamenta-se em dogmas bastante similares. Existem diferenças, claro, mas elas são pequenas quando observamos que todas buscam seguir a palavra de Jesus e seus ensinamentos de paz, amor, respeito ao próximo, generosidade e compaixão.

Infelizmente não é o que estamos vivendo.

Estamos vivendo momentos onde o ódio prevalece, onde a paz foi esquecida, onde os ensinamentos de Jesus são usados para justificar ações vis.

Comparar pessoas, coisas, ou convicções nunca foi uma boa ideia, muito pelo contrário. Demonstra que somos limitados, que não aceitamos as diferenças, sendo mais fácil mudar quem é diferente.

Respeitar as escolhas dos outros, sejam lá quais forem, é o primeiro passo para sermos melhores. Melhores pessoas, melhores cristãos.

Está difícil, mas sigo com a mesma esperança que me acompanha desde que me entendo por gente. Esperança em um mundo mais justo, esperança em um futuro melhor para todos nós, esperança em um mundo de paz.

Escolha. Ato ou efeito de escolher; preferência que se dá a alguma coisa que se encontra entre outras; predileção.

Nem sempre é fácil. Lembra quando você escolheu a sua carreira, o seu carro, as primeiras férias, a pessoa com quem dividir a vida, onde casar, o nome do seu filho

A escolha, seja ela qual for, diz muito sobre cada um de nós. Tanto que muita gente é lembrada por causa do aroma de um perfume, de um prato ou música predileta.

Imagine, agora, escolher o próximo Presidente da República após termos passado por momentos bem complicados.

Denúncia de corrupção, provas falsas incriminação, condenação, aumento de pena. Diminuição da pena, prisão, cassação dos direitos políticos, anulação, soltura.

Discurso de ódio, defesa da ditadura e da prática de torturas, política antiambiental e anti-indigenista, população armada. Pandemia, negacionismo, tratamento com remédios sem eficácia, negação à vacina, falta de empatia e compaixão.

Mas lembre-se que, ao escolher o seu candidato, aquele tio continuará sempre desejando o seu melhor, a sua amiga continuará se preocupando e torcendo por você, o seu colega permanecerá te ajudando no trabalho.

Que essa eleição seja uma escolha individual e consciente, não uma ruptura.

Respeite quem pensa diferente e, acima de tudo, torça para que o nosso Brasil cresça e que todos possam desfrutar disso.