terça-feira, 23 de junho de 2020

A Morte do Vaqueiro

Luiz Gonzaga

Numa tarde bem tristonha
Gado muge sem parar
Lamentando seu vaqueiro
Que não vem mais aboiar
Não vem mais aboiar

Tão dolente a cantar
Tengo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo, tengo

Ei, gado, oi
Bom vaqueiro nordestino
Morre sem deixar tostão
O seu nome é esquecido
Nas quebradas do sertão

Nunca mais ouvirão
Seu cantar, meu irmão
Tengo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo, tengo

Ei, gado, oi
Sacudido numa cova
Desprezado do Senhor
Só lembrado do cachorro

Que inda chora
Sua dor
É demais tanta dor
A chorar com amor

Tengo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo, tengo
Tengo, lengo, tengo, lengo
Tengo, lengo, tengo
Ei, gado, oi
E, ei

Dia 100 ⏱

Eu estou em isolamento social desde no dia 16 de março, mas o meu último dia de trabalho no escritório, foi na sexta-feira, 13 de março.

Se a vida estivesse seguindo o seu curso normal, daria para ter feito tanta coisa nesses cem dias, não é? 

Mas não está, e temos que lidar com isso da melhor forma que pudermos.

Com ajuda da internet, aproveitei esse tempo para visitar alguns museus e castelos, e iniciar cursos de idiomas – sem muito êxito, reconheço.

A maior parte desse tempo a mais em casa, porém, foi gasta com o meu porto seguro: a minha família. Conversando, rindo, cozinhando, enfim, fazendo o que mais sabemos fazer, sendo família!

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Canjica ou Curau

Canjica, também conhecida como curau ou jimbelê, é uma iguaria típica da culinária brasileira, sendo um prato típico das Festas Juninas. O termo é oriundo do quimbundo – que vem a ser uma das língua bantu mais faladas em Angola - “kanjika”.

Doce, pastosa e de origem africana, tem como principais ingredientes creme de milho verde, leite de vaca ou de cocoaçúcar e canela em pó ou em casca.

Na região Nordeste do Brasil o prato é conhecido como canjica, enquanto nas regiões de cultura caipira e no interior do estado do Rio de Janeiro é denominado de curau e papa de milho. Já na cidade do Rio de Janeiro é chamado de canjiquinha.

Ah... Amei a forma como essa receita foi descrita, no site Panelinha!

E é assim mesmo: se você, por acaso, já esteve no Nordeste durante o período junino, e comeu a canjica, sempre irá se lembrar dela com o carinho de quem relembra alguma iguaria especial.

Por isso, transcreverei a receita ipsis litteris! Bom apetite J

 Foto Reprodução

Essa receita equivale a uma passagem sem escala para a praça na cidade do interior. Tempo de viagem: 30 minutos. É viagem expressa para o puro creme do milho do repertório culinário brasileiro.

Ingredientes:

4 espigas de milho (cerca de 3 xícaras (chá) grãos debulhados)
2 xícaras (chá) de leite
¾ de xícara (chá) de açúcar
canela em pó a gosto para polvilhar

Modo de Preparo:

Descarte a palha, o cabelo e lave bem as espigas de milho sob água corrente. Para debulhar as espigas: na tábua (ou dentro de uma assadeira grande), apoie a espiga de milho de pé e com uma faca corte os grãos de milho para debulhar (se preferir, utilize um extrator de grãos próprio para milho).

No liquidificador, bata o milho com o leite até triturar bem. Sobre uma panela, passe o leite batido por uma peneira, pressionando com as costas de uma colher para extrair bem todo o líquido – descarte o bagaço.

Misture o açúcar, leve ao fogo médio e mexa com um batedor de arame até começar a ferver. Abaixe o fogo e continue mexendo por mais 5 minutos, até formar um creme grosso – o curau engrossa de repente, se começar a empelotar ou grudar no fundo da panela, retire do fogo e mexa vigorosamente com o batedor.

Com uma concha, distribua o creme em seis tigelas individuais e leve para a geladeira. Deixe esfriar por pelo menos 1 hora. Sirva polvilhado com canela em pó.

Tardes de Junho 💙

As tardes de junho são incrivelmente parecidas com as de maio, na sua claridade, e nos seus azuis...

Que o digam os canários, bem-te-vis e beija-flores que passeiam pelas copas das árvores da minha vizinhança, a promover um quase duelo de cantos, como a agradecer a beleza do dia.

De vez em quando surge uma nuvenzinha travessa e, tão logo é notada, antes mesmo que ela comece a soprar, tentando desmaiar o belo azul do céu, as pessoas apressam o passo e as donas de casa correm para recolher as roupas em seus varais.

sábado, 13 de junho de 2020

Dia 90 ⏱

Noventa dias? Sério, eu estou em casa há exatos noventa dias!

E, às vezes, me pergunto se ainda viveremos outra situação parecida com esta, ou esta pandemia foi algo tão inesperado pela comunidade médica e científica que, por isso, causou tanto medo e devastação. 

Tento manter a calma, o equilíbrio e a paz de espírito, tão necessários em tempos como estes, já que, tal qual milhões de pessoas mundo afora, estou em casa sem trabalhar, apenas monitorando os processos já existentes no escritório.

Mas é só ligar a televisão, ou acessar a internet, para ver matérias sobre famílias que perderam seus entes queridos, sobre o desemprego e recessão, e, o pior, sobre a verdadeira face de muita gente que, a despeito da pandemia, esqueceu a compaixão e a solidariedade para com os seus semelhantes.

sexta-feira, 12 de junho de 2020

Tudo Com Você

Lulu Santos

Quero te conquistar
Um pouco mais e mais
A cada dia
Satisfazer tua vontade
Também me sacia

Vem me hipnotizar
No alto andar, luar
Me acaricia
Posso morrer de amor
Que ninguém desconfia

Eu quero tudo com você
Que só sabe viver
Sabe cantar
Não vá pra Nova York
Amor, não vá
Eu quero tudo com você, não vá
Não vá, eu quero tudo com você, não vá

Vem me hipnotizar
No alto andar, luar
Me acaricia
Posso morrer de amor
Que ninguém desconfia

Quero te conquistar
Um pouco mais e mais
A cada dia
Satisfazer tua vontade
Também me sacia

Foi mais profundo por você
Fez chorar mas fez chover
Pare de sonhar
Não vá para Nova York
Amor, não vá
Eu quero tudo com você, não vá

Um Brinde ao Amor ❤️❤️

Foto Pinterest

quinta-feira, 11 de junho de 2020

Cabelos Brancos, Sim!

Engraçado que algo que deveria ser uma opção pessoal seja encarado como uma obrigação, como algo essencial, para muita gente.

Eu explico: nós ainda estamos em isolamento social por causa da pandemia e apenas as atividades essenciais podem funcionar - se bem que parte do comércio começou a reabrir, desde a semana passada, com algumas restrições -, mas os salões de beleza permanecem fechados, ao menos por enquanto, e muitas mulheres estão desgostando dos seus cabelos por causa dos fios brancos.

A sociedade realmente cobra das mulheres uma aparência “impecável”, e os fios brancos não são bem aceitos, uma vez que são associados à velhice ou desleixo.

Eu conheço muita gente cujos primeiros fios platinados surgiram na casa dos vinte e poucos anos - eu, inclusive, sou uma delas! -, mas eu fui me adaptando à minha nova realidade, ao meu sinal de "sabedoria" – só que não -, afinal de contas, eu era pouco mais que uma moleca que começou a usar shampoo colorante aos 23 anos de idade ;)

Porém, os tempo mudaram - ainda bem! - , e após conquistarem a sua independência, muitas mulheres também aceitaram que, apesar da juventude, os seus cabelos já começaram a perder a cor e passaram a assumir os fios platinados, ou brancos, com uma enorme tranquilidade.

Vejam como o resultado natural fica bonito...





Fotos Google

domingo, 7 de junho de 2020

Registro

Hoje "conheci" uma nova poetisa... Conheci, por meio virtual, como está acontecendo quase tudo em meu mundo há exatos 84 dias!

Com a quarentena, parte dos devoradores de livros, passeadores contumazes de livrarias e bibliotecas, adotaram um novo hábito: enviar um pequeno vídeo com trechos de livros, poemas e poesias, de autores nacionais, ou estrangeiros.

Quando uma prima recebeu o vídeo, logo achou interessante que a autora tivesse o mesmo sobrenome que eu - sobrenome indígena como o nosso, aqui no Nordeste, deve ter uma mesma origem, todavia, ainda não a conheço -, mas, ao ouvir o poema, gostei muito.

Procurei, no Google, algo mais que ela tenha publicado, ou divulgado em internet, e achei aqui este belo poema que compartilho.

REGISTRO

(Laís Araruna de Aquino)

Esta noite chove muito
No leito do rio Capibaribe

Como choveu uma tarde
Em Lima há um século atrás

E nas calçadas da Rua Duvivier
Há pouco quase

Outro dia choverá assim
E não estaremos mais aqui

Vallejo, Gullar e eu.

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Dia 80 ⏱

Puxa... Há 80 dias estou em isolamento social...

Sinceramente'? Eu nunca imaginei ficar em casa por tanto tempo!

segunda-feira, 1 de junho de 2020

São João Virtual :)



Junho chegou com gosto de saudade... Saudade das decorações das festas juninas, dos arraiás, dos forrós pé de serra, que este ano não teremos!

Nessa época, já tínhamos o vídeo promocional das Festas Juninas do Nordeste, onde comemoramos os três santos mais conhecidos: Santo Antônio, São João e São Pedro.

Mas, com a pandemia do Coronavírus, temos que nos isolar socialmente. No Brasil, ainda estamos em quarentena, já que o vírus demorou um pouco mais a chegar e a provocar seus estragos.

De qualquer forma, recebi um vídeo, nos mesmos moldes dos anteriores, convidando para a festa de São João virtual, que será realizada por meio de uma live :)

Oi, Junho =)










Fotos Pinterest e Google