quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Em Dezembro

Fazer da areia, terra e água uma canção 
Depois, moldar de vento a flauta 
que há de espalhar esta canção 
Por fim tecer de amor lábios e dedos 
que a flauta animarão 
E a flauta, sem nada mais que puro som 
envolverá o sonho da canção 
por todo o sempre, neste mundo 

Carlos Drummond de Andrade, Dezembro de 1981

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