sábado, 27 de abril de 2013

Coisas de Ana Luiza

Uma das manicures do salão que frequento foi mãe muito jovem, fato que se repetiu com a sua filha – ambas foram mãe aos 15 anos, fato que se repete na família delas há quatro gerações – e, quando ela precisava sair com neta, sempre lhe perguntavam:

- É a sua filha?
- Não, sou a avó dela – repetia, com apenas 31 anos

E Ana Luiza cresceu ouvindo, sempre, a mesma pergunta e resposta:

- É a sua filha?
- Não, sou a avó dela.

Outro dia, Ana Luiza chegou ao salão para buscar a sua avó e disse:

- 'Avó dela', eu vim com vovô lhe buscar – disse, de forma inocente.

Como eu estava sendo atendida pela outra manicure, perguntei, curiosa com aquela expressão que havia escutado:

- Como foi que Ana Luiza acabou de te chamar, Adriana?

Adriana riu e contou a história acima, explicando que, de tanto ouviu que ela era a ‘avó dela’, achou que aquele era a forma correta de chamar a sua avó.

Foi assim que o salão inteiro pôs-se a rir da ingenuidade de Ana Luiza, ao mesmo tempo que comentávamos como é complicado para uma criança de apenas 5 anos entender que a sua avó é tão jovem quanto a mãe de muitos amiguinhos seus.

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