quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

P.e.R.d.A.s.

Fotos: Getty Images

Um amigo me perguntou como lidar com uma perda, como sentir menos, enfim, o que fazer com esse sentimento dolorido... Então, como me limitei a comentar o que eu faço com as minhas perdas – notei, inclusive, que ele duvidou que elas existissem – mesmo porque não existe uma fórmula a ser seguida, decidi escrever este post...

Penso que, em algumas situações, a forma como tratamos o sentimento de perda – seja a perda de um ente querido ou a perda de um amor, dentre outras que devemos aprender a lidar – pode ocasionar uma tristeza maior em pessoas mais sensíveis, ao passo que as demais possuem a certeza de que, um belo dia, tudo estará novamente no seu devido lugar...

Quando as perdas ocorrem, mesmo aquelas já previstas, nunca sabemos qual a melhor forma de agir... Realmente, há alguma diferença, na forma de lidar com esse sentimento, caso estejamos preparados e o último adeus seja dado???

Eu acredito que não...

Viver um grande amor é uma experiência única e as duas pessoas envolvidas sempre acrescentam algo à vida do outro, deixando-a mais gostosa, divertida e saudável... Se assim não for, corre-se o risco de estar vivendo um relacionamento onde as partes são incompletas e, ao final, estaremos sós e tristes...

Quando duas pessoas com histórias completamente diferentes se encontram, algo mágico acontece e, então, elas não se desgrudam mais porque a paixão se transforma em amor e isso as faz crescer como seres humanos, uma vez que partilham suas vidas e experiências, tornando-se mais tolerantes...

Mas, tudo o que começa, um dia, também, pode terminar... E, quando tudo desanda, só queremos que essa dor passe logo!!!

Por experiência própria, o melhor que temos a fazer é, simplesmente, deixar a vida fluir... Podemos aceitar que aquela perda é natural, mas superável, e que vai passar se nos amarmos, nos cuidarmos e, realmente, desejarmos ficar bem...

Lenta e naturalmente, a nossa vida retornará ao normal e, quem sabe, um dia, uma pessoa muito especial – que nos fará sorrir do nada, no meio do trânsito engarrafado, em pleno final de tarde – aparecerá em algum lugar inusitado e, dessa vez, permanecerá em nossa vida???

Eu acredito que nós somos os únicos responsáveis pela nossa própria alegria e, ao invés de fugir da dor da perda, devemos ter coragem para recomeçar, sem medo ou expectativas, sempre nos aceitando e evitando os velhos rótulos criados pela sociedade de que apenas uma pessoa acompanhada é uma pessoa interessante...

Deixe, então, a vida fluir e, o que tiver de ser, será...

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